O vereador constata que apesar do orçamento prever aumento de cerca de 10% com relação ao ano anterior, este valor não se deve ao desenvolvimento econômico da cidade, mas por conta de financiamentos que precisarão ser pagos ao longo dos próximos anos.
Entre os valores que elevaram o bolo orçamentário, que para este ano prevê o valor de 295 milhões, estão os financiamentos para a pavimentação da zona leste e para o anel rodoviário.
Divaldo Lara alerta para os baixos investimentos em educação (24,89%), abaixo do limite mínimo exigido pela lei, que é de 25%. Para a saúde, a porcentagem destinada para 2015 é de 15,56%, praticamente restrita ao mínimo exigido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 15%.
"Dos 497 municípios do Estado, Bagé vem ocupando os últimos lugares em investimento em saúde ano após ano e isso se reflete no atendimento, na falta de equipamentos e de profissionais. Referente às contas de 2011 (a última que foi analisada), o Prefeito recebeu parecer desfavorável do Tribunal de Contas por investir 14,36% em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS)", demonstra o vereador.
Para aplicação em Desenvolvimento Econômico e Turismo, área de interesse de empresários e empreendedores, estão previstos 1,12% do orçamento (R$ 3.300.000,00). Deste montante, 1.200.000,00 em custos com a própria secretaria.
Os vereadores têm até o dia 24 para apresentar emendas realocando valores inicialmente previstos pela Prefeitura para outros, de interesse popular, colhidos através de solicitações do mandato e da audiência pública de debateu com a população o orçamento na Câmara, na semana passada.