Extraordinárias são confirmadas para sexta-feira (Jornal Folha do Sul)

Agenda terá nove matérias, entre elas a que institui o 14º salário para os agentes comunitários de Saúde

A indefinição quanto à convocação da primeira sessão extraordinária da Câmara de Bagé, neste recesso do Legislativo, acabou ontem. O presidente da casa, Divaldo Lara (PTB), confirmou que a atividade acontecerá na sexta-feira, a partir das 10h.
E a agenda ainda terá novidades. Além dos sete projetos de autoria do Executivo, previstos para o encontro, o petebista adiantou outras pautas: a que cria a Coordenaria da Promoção da Igualdade Racial e, por fim, a proposta que institui o pagamento do 14º salário para os agentes comunitários de Saúde.
Esta última votação até pode ser caracterizada como surpreendente. Isso porque a iniciativa foi anunciada, na segunda-feira, pelo prefeito Luís Eduardo Dudu Colombo dos Santos. Se seguisse o rito normal, ainda precisaria de alguns dias antes de ir ao plenário, até mesmo para ser analisada pelas comissões técnicas. Contudo, como em extraordinárias todo o rito pode ser desenvolvido de uma única vez, a pauta será levada para apreciação e votação.
Lara, aliás, frisou concordar com a iniciativa sugerida pelo Executivo. Disse que se trata de um benefício para uma categoria que merece atenção. “Eu mesmo comecei a defender o funcionalismo por meio dos agentes. E pela importância da matéria, decidi colocá-la em votação”, destacou.
Articulação
O anúncio das extraordinárias, apesar de estabelecido, não teve tanta facilidade para ser acordado. No dia 9 de janeiro, Lara se reuniu com os líderes partidários, com o objetivo de agendar a atividade. Naquele momento, porém, não houve acerto. “A maioria decidiu que não haveria extraordinárias”, conta o petebista. Contudo, um novo encontro foi realizado posteriormente. “Voltei a conversar com eles (vereadores) e entenderam, se sensibilizaram com a importância de alguns projetos”, frisou.
Neste debate, por outro lado, houve quem não arredasse mão da definição inicial. A vereadora Sônia Leite (PP), em conversa com a coluna, reiterou que não concorda com a agenda. “Entendo que da primeira vez já havíamos decidido por não realizar as extraordinárias. E mantenho minha palavra”, comentou.  Ela, aliás, disse que, em função de outros compromissos, dificilmente comparecerá ao evento.
E para que as extraordinárias tenham efetividade, será preciso haver quórum. Ou seja, pelo menos nove parlamentares deverão comparecer ao plenário. Caso contrário, nenhuma pauta pode ser votada. “Entendo que nem todos estarão presentes, por variados motivos, mas acredito que teremos o número suficiente para deliberarmos”, concluiu o presidente do Legislativo.